Confusão, bate-boca e o governo conseguiu impedir a votação.
Vencida a Câmara dos Deputados, a discussão ainda vai para o Senado.
Uma manobra do governo adiou, mais uma vez, a votação das mudanças do Código Florestal na Câmara dos Deputados. A quarta-feira (18) foi marcada por protestos e muito bate-boca.Logo cedo ambientalistas protestaram na Esplanada dos Ministérios contra a votação do novo Código Florestal. Ruralistas se manifestaram a favor com uma faixa no gramado.
Durante todo o dia, foram muitas reuniões entre o relator deputado Aldo Rebelo, membros do governo e parlamentares, que as negociações acabaram atrasando a votação marcada para as nove da manhã Só no início da noite a sessão começou.
As últimas mudanças foram feitas pouco antes de o texto ser distribuído aos parlamentares. O relator retirou, por exemplo, todo o artigo que tratava do programa de regularização ambiental e permitiu que a ocupação das áreas de preservação permanente, as APPs, com lavouras consolidadas, fosse regulamentada por um decreto presidencial.
A oposição queria que o texto do deputado Aldo Rebelo já determinasse quais as culturas poderiam ser autorizadas nas APPs, sem depender de uma lei feita pelo governo, e anunciou que apresentaria uma proposta de mudança no texto. Mas durante as discussões, o líder do governo decidiu pedir o cancelamento da votação.
O líder do Democratas, deputado ACM Neto protestou. Disse que o governo não cumpriu um acordo feito antes da votação. O líder do governo, Cândido Vacarezza, rebateu a crítica.
Houve confusão e bate-boca e o governo conseguiu impedir a votação. A sessão foi cancelada no plenário da Câmara. A votação do novo Código Florestal foi adiada mais uma vez e ficou para semana que vem.
Fonte: Globo Rural -11/05/2011
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